
Poucas coisas me incomodam tanto quanto o humanismo. A ideia de que o homem é o centro do mundo disfarçada de valorização do ser humano é mais uma desculpa esfarrapada para justificar o distanciamento de Deus e de Sua lei. E desde que Sabor de Mel jogou todos os holofotes sobre o (dito) vencedor no palco e legitimou a vingança, fiz do combate ao antropocentrismo uma bandeira do meu ministério.
Contudo, enquanto o humanismo esconde-se apenas nas aljavas dos gurus do empreendedorismo de nosso tempo, que lançam suas flechas motivacionais diárias com pérolas do tipo: “A diferença entre um dia bom e um dia ruim é como você encara o dia”, por mim, tudo bem! Se as pessoas se permitem ser ofendidas em sua inteligência por pura preguiça de pensar e ainda ficam admiradas com tanta “sabedoria”, quem somos nós para lhes contrariar?
Porém, quando o tal humanismo começa a invadir o terreno da fé, aí, nós, os que fomos chamados à apologética, ouvimos o toque do shofar nos convocando à batalha! Talvez, nem todos tenham essa audição apurada, dada a sutileza do antropocentrismo, mas cabe a nós dizer o óbvio, afinal, nós sempre tropeçamos no óbvio.
Ei, quem diz a você que é você quem determina se o seu dia será bom está te iludindo com o maior trauma desta geração: não ter o controle sobre tudo. O humanismo, ao coroar o homem e sua inteligência, quer nos dar essa falsa sensação de que podemos controlar tudo o que nos acontece. É o discurso da serpente maligna fazendo eco: “Vocês serão como Deus”.
Então, lamento lhe informar, mas quem determina como será o seu dia é o Eterno. Quem determina o quão rico ou pobre você será é o Eterno. Quem determina até mesmo quanto tempo você terá para alcançar ou não os seus objetivos é o Eterno. O humanismo dirá que aceitar essa condição é vitimismo, é preguiça, é coisa de gente trouxa. Já a teologia chamará isso de submissão ao eterno e SOBERANO Deus.
Trabalhe, se empenhe, seja o melhor em sua área de atuação para melhorar a vida daqueles que te cercam, só não caia na ilusão de acreditar que você está respirando porque tem um bom pulmão.